BD:Festival da Amadora 2007 teve mais visitantes, edição de 2008 dedicada a tecnologia e ficção científica
O 18ª Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora (FIBDA), que terminou no domingo, teve este ano mais visitantes e proporcionou contactos para projectos para 2008, afirmou hoje à Lusa o director do FIBDA, Nelson Dona.
"O balanço é bastante positivo, tivemos mais público durante os fins-de-semana e uma repercussão mediática mais abrangente", referiu o director.
Em ano de celebração da "maioridade", o festival recordou as dez mais importantes bandas desenhadas do século XX, de Little Nemo a Maus, homenageou o brasileiro Ziraldo e Uderzo, o criador de Astérix, e ainda António Cardoso Lopes, "Tiotónio", um dos fundadores da revista "O Mosquito".
Pelo Fórum Luís de Camões, na Brandoa, passaram vários autores e desenhadores, com destaque para as presenças de Ziraldo, do mexicano Xisto Valência, do francês Lewis Trondheim e dos portugueses José Carlos Fernandes, Luís Louro, Rui Lacas e Sergei.
Nas concorridas sessões de autógrafos, a mais cobiçada foi a de Milo Manara, desenhador italiano autor de várias bandas desenhadas eróticas que passou pelo FIBDA nos dias 27 e 28 de Outubro.
Segundo Nelson Dona, editores e autores de histórias aos quadradinhos aproveitaram o festival para fazer contactos para futuros projectos, destacando-se a hipótese de edição do livro "Salazar, agora na hora da sua morte", de Miguel Rocha e João Paulo Cotrim, na Polónia, França e Espanha.
A série "A pior banda do mundo", de José Carlos Fernandes, autor premiado este ano no FIBDA, também deverá ser editada no mercado polaco.
"O festival cumpre assim também o seu papel de divulgar a banda desenhada portuguesa no mercado nacional e no estrangeiro", sublinhou o director do FBDA, apesar de concordar que 2007 foi um ano magro de edições lusas.
"O panorama foi menos atractivo quanto ao número de álbuns editados, mas penso que as que saíram revelam uma produção mais madura", sublinhou Nelson Dona.
A edição de 2008 do festival decorrerá de 23 de Outubro a 09 de Novembro e, apesar do tema não estar ainda definido, deverá ser dedicada à tecnologia e à ficção científica.
A temática coincidirá com a realização, em Lisboa, do congresso mundial da história de ciência e tecnologia, organizado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e o Ministério da Ciência.
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