TGV: Estudo da Rave defende hipótese Porto-Lisboa-Alcochete
O projecto das acessibilidades ao aeroporto na margem sul desenhado pela Rave prevê um serviço de TGV Porto-Lisboa-Alcochete em que os comboios da Invicta param na Gare do Oriente e atravessam o Tejo pela ponte Chelas-Barreiro, chegando ao futuro aeroporto, na Margem Sul do Tejo.
Segundo a edição desta quarta-feira do jornal Público, esta solução será hoje apresentada em Lisboa num debate em que também será explicado o modelo defendido pelo professor José Manuel Viegas, autor do estudo da CIP.
Esta solução - que poupa 15 minutos no tempo de viagem entre Lisboa e Porto em relação à proposta da CIP - permite, segundo a Rave, que os cinco milhões de clientes do comboio de alta velocidade que vão entrar e sair em Lisboa com destino ao Norte não sejam penalizados com duas travessias do Tejo.
A Rave diz também que isto facilita a exploração, pois a Gare do Oriente não tem muito espaço para linhas de resguardo, pelo que dá jeito que os comboios sigam viagem para a margem sul. A estação de Lisboa passaria a ser, assim, a penúltima paragem da linha Porto-Alcochete.
O serviço ao aeroporto seria ainda complementado com shuttles entre Oriente e Alcochete, podendo aproveitar-se também alguns dos TGV Lisboa-Madrid para efectuarem paragens no aeroporto.
A possibilidade de o futuro aeroporto de Lisboa ficar na margem sul não implica, para a Rave, grandes complicações em relação ao que já estava previsto para as linhas de alta velocidade Porto-Lisboa e Lisboa-Madrid, sendo que a empresa limitou-se a acrescentar um ramal a esta última, na zona de Alcochete, para servir o aeroporto.
De acordo com Carlos Fernandes, administrador da Rave, esta solução é a mais simples e mais barata e serve «perfeitamente o aeroporto», sem ter que prejudicar os 95 por cento de passageiros da linha Lisboa-Porto que seriam obrigados a passar pelo aeroporto nas duas deslocações entre as duas cidades.
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