sexta-feira, 9 de novembro de 2007

FAP cobra 13 mil euros por socorrer pescadores doentes


FAP cobra 13 mil euros por socorrer pescadores doentes

A Força Aérea Portuguesa (FAP) reclama o pagamento de uma operação de socorro a um pescador no alto-mar, que obrigou à utilização de um helicóptero Puma durante quatro horas. O armador recusa-se a pagar.

De acordo com a edição do Público desta sexta-feira, o apoio foi solicitado pelo Instituto de Emergência Médica (INEM), que, apesar de possuir meios aéreos, não tem autorização para actuar em alto-mar. Por o envio do aparelho não ter sido realizado pelo armador, mas sim por um médico, a Associação Pró-Maior Segurança ds Homens do Mar (APMSHM) considera a situação «inaceitável, ilegal e revoltante».
Numa carta enviada ao ministro da Defesa, a associação, com sede na Póvoa do Varzim, salienta que «é o médico que diz que o pescador tem de ser evacuado» e, a partir daí, é o INEM que pede auxílio à FAP. «O INEM, em terra, não é pago», afirma José Festas, da APMSHM, queixando-se da «discriminação feita aos pescadores».
Na semana passada, foi arquivado um caso judicial em que o Estado pedia o pagamento de uma verba superior a 13 mil euros devido a uma operação de socorro da FAP, em Outubro de 2002, para o resgate de um pescador a quem foi diagnosticada uma apendicite aguda.
A associação, criada na sequência do naufrágio da Luz do Sameiro, tem apelado aos armadores que, com receio de pagarem a deslocação de um helicóptero militar, prefiram adiar a comunicação de uma doença ou tentem resolver um problema para o qual não estão vocacionados.

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