quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Justiça: Tribunal de Lagos ouve hoje alegações finais em mega-julgamento


Rede de auxílio à imigração ilegal

Tribunal de Lagos ouve hoje alegações finais em mega-julgamento

O Tribunal de Lagos ouve hoje as alegações finais da defesa e da acusação do mega-julgamento que envolve 53 arguidos acusados dos crimes de corrupção, auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos

Entre os arguidos encontram-se 19 empresários da construção civil e da restauração de empresas do Sul do País, acusados de pertencerem a uma rede, alegadamente liderada por uma mulher de nacionalidade moldava, que angariava trabalhadores na Moldávia, Ucrânia e Roménia com a promessa de vistos de trabalho em Portugal, em troca de quantias entre 2.000 e 3.000 euros.
Composto por cidadãos portugueses, da Europa de Leste e de África, o grupo terá começado a sua actividade no início de 2005 e foi desmantelado pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) em Abril de 2006.
Em tribunal, os empresários negaram o seu envolvimento em associação criminosa, bem como ter conseguido lucros financeiros com a obtenção dos vistos de trabalho destinados a cidadãos de Leste, angariados pela alegada chefe do grupo, Galina Volontir, de 40 anos, que se encontra em prisão preventiva, tal como Andrei Dumitru, outro dos alegados cabecilhas.
Galina Volontir é suspeita de ter oferecido dinheiro e bens a funcionários de entidades públicas, para agilizar os processos de obtenção de vistos de trabalho, mas durante o julgamento argumentou que apenas ajudou familiares e amigos a tratar da burocracia necessária para entrar em Portugal.
Segundo a acusação, a mulher - que agia em colaboração com Andrei Dumitru (acusado de oito crimes e que alegadamente a ajudava a angariar empresários de construção civil) e com Vladimir Batca (responsável por angariar os imigrantes), entre outros - pagava entre 300 e 600 euros por cada uma das promessas de trabalho que davam início a todo o processo.

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