domingo, 14 de outubro de 2007

Fátima - Vaia monumental à porta da nova Igreja !



Peregrinos perderam a paciência com a espera para entrar na nova igreja.


A vaia foi monumental à porta da nova Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima. Os peregrinos perderam a paciência com as autoridades eclesiásticas, que mantinham as portas do templo fechadas, ontem, já passava das 13.30, quase 24 horas passadas após a inauguração.

Gritos, assobios e gente a reivindicar que "isto foi construído com o nosso dinheiro", ensombraram o brilho da cerimónia oficial da véspera. Porque a nova "Basílica", como lhe chamou o cardeal Bertone em conferência de imprensa ontem à tarde, foi um dos motivos que levou muitos fiéis a ir ao Santuário nesta peregrinação.
Ainda não eram 09.00, Alfredo Ribeiro, 40 anos, já tinha contornado a Igreja da Santíssima Trindade (IST). A viagem de Marco de Canavezes a Fátima havia sido longa e queria ver o monumento antes das celebrações habituais, no Santuário, às 10.00. Não conseguiu. "Já sei que não a vou ver, porque à tarde poucos vão conseguir entrar e nós voltamos hoje para casa".
A hora prevista para a abertura das portas apontava, de manhã, para as 13.00. Três guardas impediam a aproximação do pórtico principal, uma entrada esplendorosa, em bronze, com 64 metros quadrados. Alguns peregrinos lá conseguiam tocar-lhe e tirar a fotografia desejada.
Ao azar de Alfredo somaram-se largos milhares, vindos, como é hábito, de todo o País. Tiveram a mesma ideia e justificavam: "Queríamos evitar a multidão depois das celebrações e não deixar de ver a igreja antes de regressar". Alfredo, com a filha de sete anos, Jacinta de Fátima, pela mão, focou-se depois na estátua de João Paulo II. "Este é que era o bom Papa", exclamava. E, como ele, centenas de peregrinos aproximavam-se.
Esta é a área que concentra maior número de peregrinos, desde que o recinto frente à Igreja da Santíssima Trindade foi aberto, e isto logo no primeiro dia. Ontem, antes das 10.00, quando ainda se conseguia andar no recinto do Santuário, era ali que se via o maior aglomerado de pessoas.
Benilde Gomes, da Póvoa de Varzim, opinava: "Este ainda tem poder e vai ter sempre!"; só faltaram os aplausos: todos concordaram.
"Quando se estava junto dele, a gente até se arrepiava", acrescentava Benilde, numa afirmação logo corroborada por Esmeraldina, de S. João da Madeira, que pedia para pôr também o nome dela no jornal. Findo o almoço, as atenções viraram-se outra vez para a igreja ."Por fora, está tudo muito bem feito, dizia Manuel Simões, entre os milhares interessados em entrar.

(DN)

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