quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Faro: Câmara confessa que não percebia da poda !





Câmara confessa que não percebia da poda

A empresa municipal Ambifaro reconhece que houve excessos na poda das árvores para instalar a feira de Santa Iria no Largo de São Francisco e promete repor as que não tiverem recuperação. Para compensar os danos promete plantar árvores onde antes não havia.

Em declarações ao Observatório do Algarve, o director da empresa municipal responsável pela feira, Carlos Monteiro, reconhece que “este ano houve uns abates excessivos”, mas garante que não são mais de três ou quatro árvores.
“Chamo a atenção para o facto de se tratar de uma poda que todos os anos é feita para instalar os pavilhões da feira”, disse, admitindo contudo que algumas árvores poderão não ter recuperação.
“Já orçamentámos a aquisição de árvores de médio porte para repor as que se perderam e aumentar o número de árvores no Largo de São Francisco, plantando em sítios onde não havia arvoredo”, enunciou.
O desbaste excessivo de árvores foi denunciado esta semana por uma cidadã de Faro, que se queixava do estado em que a poda deixa as árvores do lado nascente do Largo, “raquíticas e mal-formadas devido aos cortes aleatórios e radicais a que são sujeitas anualmente”.
O texto é acompanhado de imagens do “antes” e “depois” da operação de poda, e nele se podem ver árvores cortadas pelo tronco ou deixadas sem qualquer ramo afim de caberem dentro das tendas montadas pela empresa Alentexpo a mando da Ambifaro.
O desbaste afecta sobretudo dois dos três pavilhões instalados mesmo frente à Escola de Hotelaria e Turismo e, em menor número a tenda das instituições, à entrada da Feira.
O director da Ambifaro reconheceu que deveria ter sido feita uma melhor programação dos pavilhões em função do arvoredo existente e prometeu que para o ano haverá mais cuidado nesse aspecto.
Observou que a visibilidade do problema que se tem acentuado desde a inauguração do largo, em 1996, se deverá ao facto de “as árvores crescerem de ano para ano”, pelo que serão cada vez maiores as podas, de modo a que o arvoredo caiba dentro dos pavilhões.
Por outro lado, Carlos Monteiro sublinhou que “o mal não está em ter sido feita a operação, mas na forma como ela foi feita em alguns casos”, uma vez que todos os anos as árvores são podadas por esta altura.
A feira começou na passada sexta-feira e decorre até domingo.

João Prudêncio
Jornalista
(Observatório do Algarve)

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