terça-feira, 16 de outubro de 2007

Cinema - DocLisboa mostra o melhor do cinema documental recente





O melhor do cinema documental recente!





A quinta edição do festival DocLisboa, que começa quinta-feira, apresenta este ano uma das mais fortes programações de cinema documental em Lisboa, com 46 documentários nas competições nacional e internacional.

Para a organização, o quinto DocLisboa «não é um festival, é uma bomba», porque tem uma programação fora do comum, recheada de documentários políticos, dominados pela actualidade, sobretudo por visões da América que se estendem para a Europa e Médio Oriente.
Na secção internacional competem 27 filmes, entre curtas e longas-metragens, como «Elle s´apelle Sabine», documentário familiar de Sandrine Bonnaire sobre a sua irmã autista, ou «Kamp Katrina», de David Redmon e Ashley Sabin, sobre a devastação do furacão Katrina em Nova Orleães, EUA.
Destaque ainda para «Umbrella», de Du Haibin, da China, premiado no Festival de Veneza, e «Rebellion: The Litvinenko Case», de Andrei Nekrasov, sobre o antigo espião russo falecido em 2006 vítima de envenenamento.
Para a competição nacional foram seleccionados 19 documentários, entre os quais «Era preciso fazer as coisas», de Margarida Cardoso, e «Metamorfoses», de Bruno Cabral, que seguem de perto a encenação de duas peças de teatro.
A arquitectura serve ainda de tema para outros quatro filmes em competição: «As operações SAAL», de João Dias, «Arquitectura de peso», de Edgar Pêra, «Lisboa dentro», de Muriel Jaquerod e Eduardo Saraiva Pereira, e «Jardim», de João Vladimiro.
Fora de competição, o DocLisboa irá ainda estrear «As duas faces da guerra», um filme da jornalista Diana Andringa e do realizador guineense Flora Gomes sobre a guerra colonial.
«My country, my country», documentário de Laura Pointras nomeado para o Óscar de melhor filme estrangeiro, sobre as primeiras eleições no Iraque pós-Saddam Hussein, e «La liste de Carla», filme de Marcel Schupbach sobre a responsável pelo Tribunal Penal Internacional, passam na secção «Investigações».
A forte politização dos documentários presentes no DocLisboa é patente ainda em filmes como «Sicko», de Michael Moore, em que desta vez ataca o sistema de saúde norte-americano, ou «The Devil Came on Horseback», de Annie Sundberg e Ricki Sten, sobre a crise humanitária no Darfur.
O DocLiboa abre com «Taxi to the dark side», de Alex Gibney, documentário sobre os interrogatórios norte-americanas com contornos de práticas de tortura no Afeganistão, Iraque e na base de Guantánamo, em Cuba.
O encerramento do DocLisboa, no dia 28, fica por conta de «When the leeves broke: a requiem», filme de quatro horas do realizador norte-americano Spike Lee sobre a vida de Nova Orleães depois do furacão Katrina.
Haverá ainda um ciclo dedicado ao cinema documental nórdico e uma retrospectiva da obra do realizador norte-americano Lech Kowalski, autor de, por exemplo, «D.O.A/Dead on arrival», filme de 1981 sobre a digressão fatídica dos Sex Pistols pelos Estados Unidos.
O realizador estará em Portugal a propósito desta retrospectiva para dar uma conferência.
O cinema documental na primeira pessoa estará retratado na secção «Diários filmados e auto-retratos», com destaque para a inclusão de «Lost, lost, lost», de Jonas Mekas, e «Autoportrait ou ce qui nous manque à tous», de Man Ray.
No dia 28 a organização propõe uma «Maratonadoc», com a exibição consecutiva de vários filmes no cinema São Jorge, entre os quais «Andy Warhol: a documentary film», de Ric Burns, com quatro horas de duração, «Brando», de Leslie Greif e Mimi Freedman, sobre o actor norte-americano Marlon Brando.



Nenhum comentário: