quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Arte - o fascíno da corte russa ...



Uma parte da cultura do Império Russo chega a Portugal sob a forma de arte. A partir de dia 26 de Outubro, o Palácio da Ajuda transforma-se na nova filial do maior museu do Mundo, o Museu Hermitage. As portas estão abertas para o fascinante mundo da corte real russa.

Quem quiser visitar as 1.057 salas do Museu Hermitage e parar um minuto para apreciar cada uma das peças expostas precisa de 11 anos para completar a tarefa. Mas em Lisboa os visitantes não vão precisar de tanto tempo para conhecer um pouco da história do império russo e dos seus reinados.
Desde o sofá onde a família real foi fotografada pouco antes de morrer, ao traje de Carnaval do Imperador, são mais de 600 as peças que vão estar em exposição no Palácio Nacional da Ajuda.
Amanhã é inaugurada pelo Presidente da República, Cavaco Silva e pelo Presidente Russo, Vladimir Puttin, que se encontra em Portugal para participar na Cimeira UE-Rússia.
Organizada cronologicamente por cores, a exposição começa com o reinado de Pedro, O Grande através da apresentação de uma estátua do mesmo e de uma série de objectos médicos que mostram o seu gosto pela ciência. Também o reinado das imperatrizes Elisabeth e Catarina e do Czar Nicolau II vão ser evocados através de peças únicas de valor incalculável. A pintura vai desempenhar um papel central já que vão estar expostos inúmeros retratos de figuras da história russa e imagens da cidade de S. Petersburgo ao longo dos tempos.
A exposição «De Pedro, O Grande, a Nicolau II – Arte e Cultura do Império Russo nas Colecções do Hermitage» é a primeira de um ciclo de três. Depois da exposição que agora abre no Palácio da Ajuda, a segunda mostra de peças do Hermitage será no Porto (2008) e a terceira em Lisboa num espaço ainda a definir (2009). Espera-se que 2010 seja instalado, em Lisboa, um pólo permanente deste museu onde, de seis em seis meses, estará uma nova exposição.
De acordo com a ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, «faz muito mais sentido criar um pólo do Hermitage em Portugal do que criar um pólo do Louvre» já que se trata de «trazer aos portugueses um museu que está na outra ponta da Europa».
O projecto Hermitage em Portugal vai custar 1,5 milhões de euros, sendo certo que o Ministério da Cultura (MC) conta com o apoio de vários mecenas. A Fundação Portugal Telecom contribui com 250 mil euros, o Turismo de Portugal com 500 mil euros e o BCP com 400 mil euros. Ao MC cabe apenas um investimento de 250 mil euros. Para melhorar as condições de climatização e segurança necessárias à exposição, a Galeria D. Luís, no Palácio da Ajuda, foi alvo de obras de recuperação no valor de 900 mil euros.

A história do Hermitage

Inaugurado em 1852, o museu Hermitage foi criado no Palácio de Inverno, a residência oficial dos Czares nas margens do Rio Neva. Em 1974, a Imperatriz Catarina II adquiriu as primeiras obras de arte e foi aumentando a sua colecção ao longo dos tempos até ocupar cinco edificios interligados. Actualmente, existem, no total, cerca de 3 milhões de obras de arte mas apenas 20% estão expostas. Daí a ideia de ser criado o “Hermitages Itinerantes” por toda a Europa. Londres, Amesterdão e Las Vegas já têm um pólo do museu…agora é a vez de Portugal.
A entrada custa 6 euros mas no primeiro dia (26 de Outubro), entre as 21 e as 24 horas, terá a oportunidade de visitar, de forma gratuita, uma exposição que mostra a aproximação da Rússia à Europa durante os séculos XVIII e XIX e XX, quer em termos artísticos, quer políticos e sociais. Se quiser levar uma recordação para casa, passe pela loja que vai estar instalada no final da exposição e leve consigo uma parte da história da corte real russa.

Um comentário:

adurval disse...

Começo por saudar o "AlgarvepressNEWS" por este seu excelente blogue que contém imensos temas de interesse e possui um tratamento gráfico de muita qualidade.
Esta referência à "Arte - o fascínio da corte russa" a propósito da abertura no dia 26 de Outubro da exposição «De Pedro, O Grande, a Nicolau II – Arte e Cultura do Império Russo nas Colecções do Hermitage» é muito oportuna pois trata-de de um acontecimento cultural de grande significado.
Cordiais saudações
António Durval