sábado, 6 de outubro de 2007

Monárquicos de Coimbra encerraram hoje a sede do PPM na cidade




5 de Outubro de 2007

PPM: Monárquicos evocam Rei Fundador em Coimbra e abandonam sede por ordem do tribunal!

Monárquicos de Coimbra encerraram hoje a sede do PPM na cidade, em cumprimento de uma decisão judicial, após terem participado numa homenagem ao rei D. Afonso Henriques, na Igreja de Santa Cruz.
A homenagem a D. Afonso Henriques e seu filho D. Sancho I, sepultados no templo que é também Panteão Nacional, integrou-se na comemoração dos 864 anos do nascimento de Portugal.
O deputado Pignatélli Queiroz disse à Agência Lusa que alguns dos monárquicos que participaram hoje de manhã na missa de sufrágio por alma do Rei Fundador e seus descendentes ajudaram-no, ao início da tarde, a remover os derradeiros bens que o PPM ainda guardava nas instalações da Avenida Sá da Bandeira.
A sede do núcleo regional dos monárquicos, um terceiro andar de um prédio que pertenceu à empresa do ramo automóvel Salvador Caetano, entretanto adquirido por outro senhorio, fora ocupada por aquele partido em 1974, logo após o 25 de Abril.
Pela utilização daquela parte do edifício, que estava bastante degradado, os monárquicos pagavam uma renda de cinco euros, sem que o andar tivesse beneficiado de "quaisquer obras" de restauro em mais de três décadas.
O PPM pretendia executar melhoramentos na sede por sua conta, mas exigia que o novo dono realizasse antes obras de recuperação do telhado, pois chovia no interior.
"O prédio estava inabitável e metia água por todos os lados", declarou Miguel Pignatélli Queiroz, um dos dois deputados eleitos por Lisboa nas listas do PSD, nas legislativas de 2005.
A saída do PPM, disse, foi determinada há "poucos meses" pelo Tribunal da Relação de Coimbra.
"Chegámos ao despejo sem qualquer aviso prévio, nem tentativa de acordo", lamentou.
O deputado contou que o partido nunca foi ouvido no âmbito do processo, já que quando foi legalmente possível fazê-lo, após a Assembleia da República ter autorizado Pignatélli Queiroz a prestar declarações em tribunal, a Relação de Coimbra já tinha ordenado o despejo.
Entretanto, os contadores da água e da luz foram retirados da sede alegadamente "sem conhecimento" do arrendatário.
A Real Associação de Coimbra comemorou hoje, na Igreja de Santa Cruz, o 05 de Outubro de 1143, data em que foi assinado o Tratado de Zamora, tendo D. Afonso VII, rei de Leão, reconhecido então a existência de Portugal enquanto Estado, na presença do legado pontifício, o cardeal Guido de Vico.


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