A viúva de Ernesto Che Guevara vai lançar, em Março, uma biografia sobre o lendário guerrilheiro da América Latina, no mesmo ano em que se celebram os 40 anos da sua morte.
«Estou satisfeita e quando os meus últimos dias estiverem próximos, gostaria de dizer como disse Che: lembrem-se de mim de vez em quando». O parágrafo encerra o livro de Aleida Marche, que uniu a sua vida ao lendário revolucionário em 1958, durante a contra a ditadura de Fulgêncio Baptista.
Evocaciones - já lançado nalguns países europeus - vai sair em Cuba em 2008, pela ocasião do 80º aniversário do nascimento de Che. O livro vem romper o silêncio de Aleida, mãe de quatro filhos de Che.
«Em Evocaiones estão as minhas memórias. Não tenho vocação para escritora, coloquei as minhas recordações mais queridas a preto e branco e espero que os leitores das minhas notas apreciem o esforço e a dedicação empregues nas minhas cartas, nas minhas poesias, que até hoje guardei bem fundo no meu coração», afirmou Aleida, num fragmento da obra.
O livro é recheado de curiosidades: tem piadas sobre o casamento dos dois, as lutas e as vitórias revolucionárias, as missões do Che no Congo, na Tanzânia e em Praga, as partidas para a Bolívia, e, no final, a notícia da sua morte - foi assassinado a 9 de Outubro de 1967 - transmitida por Fidel Castro em pessoa.
Ernesto Guevara nasceu em 1928 em Rosário, na Argentina. O jovem conheceu Fidel Castro em 1955 e foi uma peça fundamental na luta contra Fulgêncio Baptista. No 1º de Janeiro de 1959, os revolucionários instauraram o regime socialista na ilha de Cuba.
Em 1966, Che entra clandestinamente na Bolívia com a ideia de promover a revolução na América Latina. Foi capturado pelo exército boliviano em 8 de Outubro de 1967 e executado no dia seguinte, numa escola do povoado de La Higuera
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