domingo, 23 de dezembro de 2007

Pausa para fumar "custa" 18 minutos!

Pausa para fumar "custa" 18 minutos!

Deixar o posto de trabalho para ir à rua fumar um cigarro pode implicar a perda de 18 minutos de tempo útil de laboração, pelo que a aplicação das medidas antitabágicas nas empresas deve ser feita com "bom senso", defende o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP). De outra forma, diz Francisco Van Zeller, a produtividade será "sensivelmente afectada", sobretudo nos primeiros tempos da proibição do tabaco.
Um estudo feito em Espanha - onde a lei é menos restritiva -, lembra, concluiu que estas "ausências" podem atingir quase meia hora, se se considerar que, após regressar ao seu posto, o colaborador não retoma imediatamente o que estava a fazer. E que, antes de ir à rua, já está desconcentrado a pensar no vício.
O mesmo estudo, explica Van Zeller, mostrou ainda que, à medida que os trabalhadores se habituam à proibição total do fumo, tendem a reduzir o consumo de tabaco, baixando assim quer a periodicidade das ausências, quer a sua duração. "As pessoas acabam por entender que ausências sucessivas prejudicam o trabalho, e tendem a fumar menos", afirma Van Zeller, favorável à criação de "espaços próprios" para o fumo, ainda que esta medida acabe por "não estimular" as pessoas a abandonar o vício.
A "sensibilização" interna é, por isso, importante. "Quando as restrições são bem explicadas às pessoas, elas aceitam", garante o empresário, rejeitando que esteja à vista mais uma "guerra de patrões com empregados".

Queixinhas e conflitos

Pelo contrário, Joaquim Cunha, da Associação PME-Portugal, teme que os contornos "demasiado restritivos" do diploma criem um "aumento da conflitualidade" nas empresas. "Se alguém fuma, vou eu, o responsável máximo da empresa, fazer queixa? E se algum não fumador se queixar ao director e este não tomar medidas alguém chama a inspecção", ironiza o gestor, que apesar de não fumar, garante ter "muito respeito" por quem o faz.
"O fundamentalismo pode ter impacto nas empresas e na ecomomia", alerta, concordando que o bom senso - de fumadores e não fumadores - é a melhor forma de ultrapasar o problema. "O mau ambiente afecta o trabalho. Deve haver entendimento e respeito mútuo", afirma.
Também Armando Farias, da CGTP, concorda que "a produtividade ressente-se com medidas abruptas", o que levou países, como o Reino Unido, a recuar no excesso de restrições.
"Algumas empresas acabaram por decidir introduzir salas de fumo", diz o dirigente sindical, para quem "a prevenção, a informação e o apoio das empresas a quem queira deixar de fumar" devem ser pensadas. Van Zeller subscreve "Faz sentido o apoio, como fez para o alcoolismo".

Menos fumo, mais trabalho

Contra a corrente, João Proença, da UGT, não acredita que a produtividade seja afectada. "É uma falsíssima questão. Tem é de haver bom senso e equilíbrio na forma como a lei se aplica", afirma. Mais assim, a produtividade "até pode subir". E porquê? "Porque tendo de ir à rua, os fumadores vão fumar menos", acredita.
Num ponto, todos estão de acordo a pausa - para fumar ou não - é um direito no trabalho, que ajuda a descomprimir. E, aplicadas com equilíbrio, estas medidas têm pelo menos duas virtudes: os fumadores tentam baixar o consumo e a sua saúde - e dos que não gostam do tabaco - melhora. Ou, pelo menos, piora menos.

Patrão "amigo"

Confiança nas pessoas. É esta a palavra de ordem nas empresas a quem o JN perguntou se temem pela produtividade. Nalgumas, a "nova" lei já vigora há algum tempo e a experiência tem sido positiva. A TMN dá o exemplo o tabaco foi proibido há três anos, após meses de sensibilização, campanhas, iniciativas e, para os mais "viciados", comparticipação até 80% em tratamentos. Na Galp - que já em 2005 fez um protocolo com uma empresa que ajuda a deixar o fumo, garantindo desconto aos colaboradore - , já não se pode fumar há um mês. Na EDP, só se fuma em alguns espaços, estando a ser estudada a hipótese de instalação de exaustores, como a lei obriga. E há consultas antitabágicas na medicina do trabalho. Na PT, também há espaços próprios, estando em estudo o que fazer em Janeiro.

Um comentário:

Anônimo disse...

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