quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Lisboa/Dakar: Algarve tem o troço português mais longo!


Algarve tem o troço português mais comprido

Lisboa dá tiro de partida a 5 de Janeiro


Com saída da capital portuguesa e uma passagem por Portimão e Monchique, o Rali Euromilhões Lisboa-Dakar 2008 vai comemorar 30 anos numa edição extremamente dura e longa.

No dia 2 de Janeiro já vai haver o «cheiro» a rali, com as verificações técnicas no Centro Cultural de Belém (CCB) a juntar os cerca de trinta portugueses - onde estão três algarvios - que se misturam com as centenas de pilotos, co-pilotos, técnicos e mecânicos, num total de 570 equipas, que se deslocam dos quatro cantos do mundo para participarem na prova mais dura de todo-o-terreno a nível mundial.

Com a maior 'caravana' portuguesa de sempre, Carlos Sousa, Rodrigo Amaral, Elisabete Jacinto, Maria Pires de Lima são os destaques 'tuga', aos que se juntam os 'motards' algarvios Ruben Faria, Nuno Mateus e Ricardo Pina.

Até ao dia 4 de Janeiro, para além das verificações, quem se deslocar ao CCB poderá usufruir não só de um contacto privilegiado com os pilotos e as suas 'máquinas' mas de uma animação programada pela organização.

No dia 5 de Janeiro os tiros de partida dar-se-ão entre as 6h00 e as 11h00, intercalando entre as motos, os carros e os camiões, que têm todos horas de partida diferentes.

Durante os dois dias em que a prova fica em Portugal vai haver um total de 1021 quilómetros de rali, nas ligações Lisboa-Portimão (dia 5) e Portimão-Málaga (dia 6). Esta edição do Rali vai ser uma das mais compridas de sempre com 9273 quilómetros (3537 quilómetros de Ligações e 5736 de Especiais), mais mil quilómetros que a edição de 2007, onde as dunas africanas voltam a ser os maiores desafios para os pilotos.
Monchique vai dar dores de cabeça
Organizado pelo João Lagos Sport, a etapa portuguesa, que liga Lisboa a Málaga, com uma passagem por Portimão, vai ter um arranque menos duro que na edição anterior, mas a serra algarvia de Monchique não vai dar tréguas, apresentando os mesmos troços sinuosos bem conhecidos dos adeptos do desporto automóvel.
Os 'atascanços' do ano passado da zona da Comporta serão substituídos por um trajecto mais escorreito, com o rali a passar pela zona da Companhia das Lezírias/Alcochete, no Ribatejo.
A prova dura começará no Algarve. A partida em Portimão não terá grandes dificuldades, mas a chegada à Serra de Monchique começam os desafios para os pilotos menos experientes. Trajectos sinuosos e estreitos, ladeados por precipícios assustadores preenchem a etapa algarvia, que só parará em Málaga, onde os pilotos seguem, por ferry, para o território africano.
Regras mais apertadas
A ASO (Amaury Sport Organisation), empresa regularizadora, trouxe novas medidas de ordem técnica para todos os transportes participantes nesta edição da prova de todo-o-terreno. Estas modificações têm o único propósito de atenuar as diferenças entre os veículos e os pilotos mais e menos experientes, para trazer mais justiça e igualdade à competição.
A segurança é o grande destaque no ano de 2008, onde os todos os carros (pilotos, organização, imprensa, entre outros) serão fortemente fiscalizados na velocidade, tanto dentro como fora das localidades.
Todos os quads e motos com menos de 450 cc (centímetros cúbicos) vão ter classificações distintas e o diâmetro das entradas de ar em todos os veículos será reduzido em um milímetro.
Os camiões vão ser separados nos grupos «Produção» e «Super Produção» (como nos carros) e estão programadas duas etapas sem veículos de assistência.
Nesta edição vai haver mais 60 equipas que em 2007, que englobam 100 camiões, 205 automóveis, 20 quads e 245 motos.
Mais de 50 nacionalidades vão marcar presença onde para além dos regulares portugueses, franceses, ingleses e espanhóis, também um guatemalteco, um namibiano e um cazaque vão pilotar os seus veículos nos territórios português e africano.
Juventude é um posto
Grande parte dos pilotos correm pela primeira vez esta edição do Lisboa-Dakar, que se desdobram em 40 por cento dos motociclistas e 18 por cento em carros e camiões, sendo que 50 por cento dos inscritos não ultrapassam os 40 anos.
Nos primeiros dois troços africanos os carros e os camiões vão correr em percursos diferentes que os das motos, apesar de terem as partidas e as chegadas no mesmo local.
Assim, nas etapas 3 e 4, que ligam Nador a Er Rachidia e Er Rachidia a Ouarzazate, os veículos de duas rodas seguem caminhos diferentes, evitando ultrapassagens cheias de pó e os carros e camiões seguem por estradas mais largas.

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