segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Feirantes exigem pedido de desculpas da ASAE...

ASAE: Feirantes exigem pedido de desculpas por causa do treino militar para intervir em feiras!

A Federação Nacional das Associações de Feirantes (FNAF) exigiu hoje um pedido de desculpas do director da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), António Nunes.


Segundo Fernando Sá, presidente da FNAF, em causa está o alegado treino militar que os inspectores da ASAE estão a receber, de ex-agentes dos serviços secretos portugueses e de elementos do corpo de polícia norte-americano SWAT, para actuar em operações de fiscalização em vários locais, nomeadamente em feiras.


Fernando Sá referiu-se especificamente a uma notícia do canal de televisão privado SIC.
"A notícia (da SIC) referia que este tipo de formação servia para actuar nas feiras", disse.
Para a Federação Nacional dos Feirantes, considerar que a ASAE necessita de treino militar para poder fiscalizar as feiras "traduz-se no mais hediondo ataque que até hoje os feirantes receberam".


"A federação exige um pedido de desculpas do director da ASAE e pondera processá-lo criminalmente por injúria e ofensa ao bom nome dos feirantes portugueses", frisou.


Fernando Sá salientou que "transmitir a ideia de que as feiras são campos de criminosos e os feirantes são bandidos armados e perigosos é caluniar milhares de homens e mulheres que diariamente lutam pelo sustento das suas famílias, sem subsídios ou apoios do Estado".


O presidente da ASAE disse à Lusa que apenas 14 dos 300 inspectores do organismo participaram em acções de formação com ex-polícias norte-americanos, com incidência nas áreas marítima e de imobilização de suspeitos.


António Nunes explicou que esta formação não foi feita especificamente para os inspectores da ASAE mas para todas as autoridades com responsabilidade na investigação criminal e que os 14 inspectores participaram em regime de voluntariado.


Nas cinco acções de formação, realizadas em 2006 e 2007, algumas dadas por ex-polícias norte-americanos e brasileiros, participaram também elementos da PSP, GNR, PJ, Polícia Marítima e Serviços Prisionais, esclareceu.


António Nunes considera normal a participação de inspectores da ASAE nestas acções de formação que os preparam para enfrentar todo o tipo de situações que possam ocorrer durante as actividades de inspecção.


"Enquanto órgão de polícia criminal e, na medida em que temos responsabilidade na investigação criminal, temos de estar preparados para algumas acções complexas e delicadas", disse.


Segundo o presidente da ASAE, o facto de inspectores terem participado nesses cursos não quer dizer que a sua formação seja basicamente essa, uma vez que essas acções representam uma ínfima parte das 3.150 realizadas em 2006/07 com um volume de 52 mil horas.


A formação dos inspectores, explicou, é fundamentalmente na área de direito mas enquanto órgão de polícia criminal os inspectores têm também de estar preparados para outras acções como por exemplo a execução de mandados em bairros problemáticos.


Relativamente ao SIS, António Nunes explicou que a ASAE herdou 12 entidades diferentes, existindo um plano de 2004 que a obriga a um conjunto de actividades das quais fazem parte as formações criminais e foi nesse âmbito que 32 inspectores tiveram formação de três horas com o SIS.

NOTA: ...realmente cada vez precisamos de mais polícia!
Não será?? para uma "freguesia plantada à beira-rio" quanto mais polícia melhor... não acham??

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