quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Crónicas: NOTAS DO EGIPTO (V)

EXCLUSIVO:
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Quinta-feira, 10 de Janeiro de 2008
Sexto sentido
O telefone do meu quarto acabou de tocar. Enigmaticamente era da recepção a saber se está tudo bem.
(Publicada por Notas do Egipto )


Pulgas e diarreia
A diarreia do viajante atacou-me hoje impiedosamente. Implacável nas circunstâncias e local do ataque, sem pré-aviso e em pleno anfiteatro romano, pouco mais me restou do que recolher ao hotel onde passei uma tarde de forçado repouso.Acostumados às debilidades dos organismos europeus os Alexandrinos são previdentes e generosos, fonecendo três rolos de papel higiénico a cada hóspede. Sem dúvida um requisito fundamental para ultrapassar esta crise em que muita água, loperamida, sais rehidratantes e paracetamol desempenham os papéis principais.Da sessão cinematográfica de ontem restam-me também algumas sequelas, além de boas e duradouras memórias há ainda uma pulga que insiste em não me abandonar.
(Publicada por Notas do Egipto )


Mahomed e Karamela
Como combinado Mahomed esperava-me com a sua égua Karamela, às 9 horas da manhã, à porta do hotel Windsor Palace. Na véspera havíamos acordado um preço justo para um percurso de três horas aos locais mais emblemáticos de Alexandria e ele, pontualmente, lá estava. Mahomed, natural do Alto Egipto, 60 anos - 35 dos quais passados às rédeas da sua charrete – é, à imagem de muitos outros Egípcios, um bom negociante. O Egipto pode ser um país difícil para todos os viajantes que, tal como eu, tem dificuldade em dizer não ou em sistematicamente negociar os preços. Viver aqui, ainda que apenas durante um mês, obrigar-me-à a crescer e a desenvolver capacidades que não me são inatas.Num percurso enlameado, realizado sob uma chuva intensa e miudinha, o meu condutor vai aludindo a todos os locais e monumentos que pensa poderem interessar-me. Leva-me em primeiro lugar à moderna Biblioteca Alexandrina, que mostra com respeito, e segue depois, em contra-mão, para o anfiteatro romano. Eu acompanho-o, silenciosa, compenetrada em me orientar no mapa obtido junto do posto de turismo local enquanto gravo os sons da rua.Rapidamente me apercebo que três dias em Alexandria serão manifestamente insuficientes para fruir tudo quanto desejaria.
(Publicada por Notas do Egipto )

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