Educação: Três mil professores protestam em Faro contra política da ministra Maria de Lurdes Rodrigues!
Cerca de três mil professores protestaram hoje em Faro contra a política educativa do Governo, numa manifestação que os organizadores garantem ter sido a maior realizada na cidade nas últimas duas décadas.
O desfile, encabeçado por Mário Nogueira, coordenador da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), decorreu nos cerca de 200 metros que distam entre o Teatro Municipal e o edifício da Direcção Regional da Educação (DRE) do Algarve, mas provocou enormes filas de trânsito à entrada da cidade.
O coordenador da FENPROF disse à Agência Lusa que a "Marcha da Indignação" do próximo sábado em Lisboa deverá constituir o maior protesto de professores alguma vez feito na capital, superando a manifestação de Outubro de 2006, que juntou 25 mil profissionais do ensino.
O dirigente sindical assegurou que há uma mobilização geral para o protesto no Marquês de Pombal, exemplificando que, só de Viseu, "já há 20 autocarros cheios e provavelmente virão o dobro".
Estimou que, até hoje, já tinham saído à rua em todo o País cerca de 40 mil professores, a que se juntaram ao fim da tarde de hoje mais alguns milhares, em Faro e Beja.
"Estes protestos significam que os professores já estão de saco cheio", disse, apontando as novas regras da avaliação e a gestão escolar, que classificou de "anti-democrática", como o detonador dos protestos.
Durante a sua intervenção junto ao edifício da DRE/Algarve, alertou os professores para "as manobras dos próximos dias" do Ministério da Educação "e seus aliados".
Mais uma vez, refutou que as manifestações dos últimos dias sejam promovidas apenas por sindicalistas e professores ligados a um sector social determinado, garantindo que há nos protestos "muitos professores do Partido Popular, sociais-democratas, socialistas e comunistas", indignados com as políticas da ministra Maria de Lurdes Rodrigues.
Em declarações à Lusa, o coordenador da União de Sindicatos do Algarve (USAL), António Goulart, admitiu que se tratou de "uma das maiores manifestações alguma vez realizadas no Algarve nos últimos 20 anos" e seguramente "a maior de uma classe profissional" na região.
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