sábado, 8 de março de 2008

A caminho da «Marcha da Indignação»...


A caminho da «Marcha da Indignação»

Centenas de professores, vestidos maioritariamente de preto, saem a esta hora de Leiria rumo a Lisboa e à «Marcha da Indiganção». 15 autocarros onde muitos professores participam pela primeira vez numa manifestação.

Jerónimo Nabo, professor de EVT na Escola EB 2 3 dos Marrazes, em Leiria, é um desses casos.«Com 54 anos e 34 anos de serviço nunca tinha participado numa manifestação nacional».O que o leva a viajar agora até à capital são «as injustiças do ministério».

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, é presença na conversa de todos. A ministra tem acusado os sindicatos de instrumentalizarem os professores contra o ministério. Para Jerónimo Nabo, o que se passa é exactamente o oposto: «Pelo contrario, neste momento os sindicatos é que estão a ser levados pelos vários movimentos a nivel nacional dos professores, estão a reboque».

Face às recentes suspeitas de pressão por parte de forças policiais em algumas escolas do país, Joaquim diz que não sentiu isso na sua escola. «Mas sei de escolas que têm receio de falar porque há professores titulares que dizem que os professores têm é de trabalhar muito».

Roteiro da Marcha

O comando metropolitano da PSP de Lisboa informou ontem que a concentração dos participantes da marcha da indignação dos professores será na Praça Marquês de Pombal, prevista para as 14h30. Espera-se que mais de 600 autocarros e 60 mil docentes cheguem à capital. O desfile prossegue depois até à Praça do Comércio, local onde decorrerá um plenário de professores. A Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, deverá enfrentar este sábado o maior protesto de sempre de professores.

Os professores vão protestar sob os lemas «Assim não se pode ser professor» e «A escola pública não aguenta mais esta política». A cor dominate deverá ser o negro.

A última manifestação de professores, a maior até à data, reuniu em Lisboa a 06 de Outubro de 2006 entre 20 a 25 mil professores, em protesto contra o Estatuto da Carreira Docentes, que acusaram a tutela de «impor sem uma efectiva negociação».

Trânsito Cortado

Para tentar garantir que a manifestação «decorra sem incidentes», a PSP vai cortar ao trânsito, durante a manifestação, a Praça Marquês de Pombal, Avenida da Liberdade, Restauradores, Praça do Comércio e zonas envolventes. Os transportes públicos serão as únicas excepções à circulação.

A PSP informa ainda que os cerca de 600 autocarros de transporte esperados em Lisboa ficarão ao longo da Avenida Infante Dom Henrique, na Avenida 24 de Julho e Parque de Algés.

As alternativas à circulação de tráfego, em zonas paralelas à da manifestação, estarão indicadas ao longo do percurso por agentes policiais e da Divisão de Trânsito.

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