Manifestação
20 autocarros com professores retidos pela polícia na A1
Vinte autocarros com professores vindos do Norte foram parados numa operação Stop da Brigada de Trânsito da GNR junto à estação de serviço de Aveiras na A1, adiantou ao SOL fonte do Sindicato Nacional dos Professores Licenciados.
Mário Nogueira acabou de confirmar esta informação no seu discurso no Terreiro do Paço, enquanto os docentes gritavam «fascistas»
mais de 100 mil professores na rua...
Ainda há centenas professores a chegar ao Terreiro do Paço. Às 18h00 muitos manifestantes saiam ainda do Marquês de Pombal. O dirigente da Fenprof, Mário Nogueira, garante que a PSP confirmou a presença de 100 mil professores na manifestação de hoje contra a política educativa do Governo
Luis Filipe Menezes:
Marcha da Indignação será Ponte 25 de Abril do engenheiro José Sócrates!
O líder social-democrata Luís Filipe Menezes afirmou hoje que a Marcha da Indignação «é a Ponte 25 de Abril do engenheiro José Sócrates» e corresponde «à contagem decrescente desta maioria»
«A partir de hoje nada será como dantes. Iniciou-se um plano inclinado do ponto de vista da contagem decrescente desta maioria para uma derrota eleitoral. É um corte emocional, do ponto de vista do subconsciente colectivo, com o engenheiro José Sócrates», disse.
Classificando de «muito significativa em termos de exuberância e participação» a manifestação que esta tarde vai realizar-se, Menezes considerou-a «um sinal semelhante ao que ocorreu no final de um período de ouro da governação, o de Cavaco Silva, com os protestos contra o aumento das portagens na Ponte 25 de Abril».
Professores
PCP acusa Santos Silva de «tentativa de condicionar manifestação» e «insulto»
O PCP considera que as declarações do ministro Augusto Santos Silva são uma «tentativa de última hora para condicionar a participação» na manifestação de professores que hoje se realiza e um «insulto» à figura de Álvaro Cunhal
Em declarações à agência Lusa, Francisco Lopes, do PCP, afirmou que as acusações proferidas pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, revelam uma «clara desorientação do Governo PS que em vez do diálogo e da serenidade para encontrar soluções procura uma escalada verbal com novas linhas de confronto com os professores, os dirigentes e activistas sindicais».
Para aquele membro da comissão política do PCP, o partido não pode «deixar passar em claro o insulto à memória de Álvaro Cunhal», que classificou como uma «figura cimeira da luta pela liberdade e a democracia em Portugal».
O antigo líder comunista «pagou com incontáveis sacrifícios e privações essa sua coerência e dedicação aos interesses dos trabalhadores, do povo e da democracia portuguesa», realçou Francisco Lopes.
Os comunistas associam ainda as «insensatas declarações» de Santos Silva ao propósito do Governo de «agravar o confronto político e social», com medidas que atingem «os interesses dos trabalhadores», como a «anunciada alteração para pior do Código do Trabalho».
O PCP exige que o Governo ponha de parte a sua «arrogância e assuma uma atitude favorável à solução dos problemas económicos, políticos e sociais com que o país se depara».
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva acusou, sexta-feira à noite, em Chaves, à entrada para uma reunião sobre os três anos de Governo, os manifestantes de estarem a levar a cabo uma intimidação anti-democrática e atribuíu o combate pela liberdade apenas a «históricos» do PS.
«A liberdade é algo que o País deve a Mário Soares, a Salgado Zenha, a Manuel Alegre. Não deve a Álvaro Cunhal nem a Mário Nogueira», afirmou Santos Silva, acrescentando que estes «lutaram por ela antes do 25 de Abril contra o fascismo, e lutaram por ela depois do 25 de Abril contra a tentativa de tentar criar em Portugal uma ditadura comunista», sustentou.
«O clima político que algumas pessoas estão a tentar desenvolver em Portugal é um clima de intimidação, é um clima próprio da natureza anti-democrática dessas forças. E se for preciso defender outra vez, como defendemos em 75, a liberdade em Portugal, o Partido Socialista, posso garantir, estará na linha da frente da defesa das liberdades públicas», afirmou, na ocasião. O ministro acusou os manifestantes de «nem sequer saberem distinguir entre Salazar e os democratas» e de nem terem «lutado contra o fascismo».
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