APRESENTAÇÃO DO LIVRO “O REMORSO DE BALTAZAR SERAPIÃO” NA BIBLIOTECA MUNICIPAL DE LOULÉ
No próximo dia 6 de Março, quinta-feira, a
“Numa Idade Média brutal e miserável, Baltazar Serapião casa com a mulher dos seus sonhos e - tal como o pai fizera antes com a mãe e com a vaca, fêmeas irmanadas em condição e estatuto familiar - leva muito a sério a administração da sua educação. Mas o senhor feudal, pondo os olhos na jovem esposa, não desiste de exercer sobre ela os seus direitos... Entregue aos desmandos do poder e do destino, Baltazar será então forçado a seguir por caminhos que o levarão ao encontro da bruxaria, da possessão e, finalmente, do remorso”.
Com um notável trabalho de linguagem que recria poeticamente a língua arcaica e rude do povo, “O Remorso de Baltazar Serapião”, de Valter Hugo Mãe — autor, entre outros, de “O Nosso Reino”, seleccionado pelo Diário de Notícias como um dos melhores romances portugueses de 2004 — é uma tenebrosa metáfora da violência doméstica e do poder sinistro do amor.
Valter Hugo Mãe nasceu em Angola em 1971. Passou a infância em Paços de Ferreira e vive em Vila do Conde há vinte e seis anos. É licenciado em Direito e pós-graduado
É autor dos livros de poesia: “Livro de Maldições” (2006); “O resto da minha alegria seguido de a remoção das almas e útero” (2003); “A Cobrição das Filhas” (2001); “Estou escondido na cor amarga do fim da tarde e três minutos antes de a maré encher” (2000); “Egon schiele auto-retrato de dupla encarnação” (1996). Escreveu ainda o romance “O Nosso Reino” (2004).”
Actualmente dirige a nova editora objecto cardíaco, sedeada em Vila do Conde. Foi, entre 2001 e 2004, sócio-gerente das Quasi Edições. Partilha com Eduardo Pitta, João Paulo Sousa e Jorge Melícias o blogue: www.daliteratura.blogspot.com.
LOULÉ: PARTICIPAÇÃO NA SOCIEDADE POLIS LITORAL COM VISTA À REQUALIFICAÇÃO DA RIA FORMOSA
Loulé é um dos municípios algarvios que vai participar na sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos – POLIS LITORAL, SA. Neste âmbito, a Câmara Municipal celebrou um protocolo com as autarquias de Faro, Olhão e Tavira e com o Governo central, com vista à criação de operações integradas de requalificação e valorização desta faixa do litoral.
Com este projecto pretende-se fazer uma intervenção nesta zona identificada como prioritária, e que carece actualmente de planeamento estratégico adequado no domínio da requalificação e valorização dos seus recursos.
Esta sociedade, que integra os quatro municípios algarvios, vai ter a seu cargo a gestão e coordenação dos investimentos a realizar na respectiva área de intervenção. No caso de Loulé, a participação financeira no capital social é de 3%, correspondendo a um montante de 675 mil euros.
Refira-se que no caso do Concelho de Loulé, a Ria Formosa abrange toda a área que vai desde a zona do Ancão, passando pelo Ludo, até à zona poenta da Ilha de Faro, integrada em território que faz parte do Município de Loulé. Trata-se de uma área de grande riqueza do ponto de vista faunístico e florístico, nomeadamente ao nível da avifauna, uma vez que abriga espécies raras em Portugal, como a galinha sultana, e serve de passagem para as espécies migradoras entre o norte da Europa e a África. Esta zona de sapal constitui uma importante área de produção de bivalves e peixe.
De acordo com o protocolo firmado entre as autarquias, “o território abrangido pela Ria Formosa é um espaço singular que dispõe de condições excepcionais para suporte de um desenvolvimento económico e turístico sustentável e para se constituir como pólo de atracção intimamente ligado ao contacto e fruição da natureza. As suas características físicas únicas, de grande sensibilidade, requerem que o seu desenvolvimento se submeta a uma estratégia que articule eficazmente as múltiplas vertentes deste território, nomeadamente o facto de estar incluído num parque natural localizado numa região de grande aptidão turística”.
Como tal, são objectivos deste projecto, a preservação do património natural e paisagístico, através da protecção e requalificação da zona costeira visando a prevenção de risco e da promoção da conservação da natureza e biodiversidade no âmbito de uma gestão sustentável; a qualificação da interface ribeirinha, através da requalificação e revitalização das frentes de Ria, da valorização de núcleos piscatórios e do ordenamento e qualificação da mobilidade; a valorização dos recursos como factor de competitividade, através da valorização das actividades económicas ligadas aos recursos da Ria, da valorização dos “Espaços Ria” para fruição pública e da promoção da ria suportada no seu património ambiental e cultural.
A adesão do Município de Loulé à sociedade POLIS LITORAL, SA foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Municipal de Loulé realizada na passada sexta-feira.
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