Protesto em Lisboa
Manifestação contra traçado das linhas de alta tensão junto ao Ministério da Economia
O Movimento Nacional contra as Linhas de Alta Tensão nas zonas urbanas manifesta-se hoje, às 15:00, em frente ao Ministério da Economia, alertando para a protecção da saúde pública e a qualidade ambiental.
Manuel Silva, da comissão de moradores do Serzedelo afirma que esta manifestação consiste na "entrega no Ministério da Educação e Assembleia da República de um baixo-assinado com assinaturas recolhidas durante um mês" a favor da saúde pública e da alteração de uma lei que atenta contra o bem-estar das populações.
Em comunicado à Lusa, a comissão do protesto "Não às linhas de alta tensão no meio da população" exige a "realização de um estudo de impacto ambiental para determinar a situação actual do traçado e os seus efeitos" e a definição de um "traçado alternativo ou o enterramento da linha nas zonas de maior densidade urbana" para minimizar os efeitos dos campos electromagnéticos na saúde das populações.
A mesma comissão adianta que "alguns postes tubulares encontram-se a uma distância inferior a 10 metros das habitações, estando ainda prevista a colocação de um poste triangular a menos de 100 metros de uma escola frequentada por 900 crianças a partir dos três anos de idade".
De acordo com diversos estudos efectuados existe uma "relação entre a exposição aos campos electromagnéticos provocado pelas linhas de alta tensão e o aumento da incidência de algumas doenças, designadamente da leucemia, em especial nas crianças".
No passado dia 12 de Dezembro de 2007, uma delegação de cidadãos foi recebida por assessores do ministro da Economia e da Inovação, solicitando "a suspensão do traçado em apreço e a efectiva aplicação do princípio da precaução, princípio pilar de uma verdadeira política de saúde pública".
Contudo, a "ausência de resposta do Ministério, a recente providência cautelar interposta pela REN contra a Câmara Municipal de Almada e a conclusão da colocação dos postes" demonstram que a ligação às subestações da Trafaria e de Fernão Ferro "avançará muito em breve".
Esta manifestação marca o início de uma nova fase de protestos que culminará numa manifestação nacional, sem data marcada ainda, com a participação dos moradores de Sintra, Guimarães, Almada, Seixal, Odivelas, Silves, Setúbal, Rebordosa (Porto) Amadora e Batalha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário