“Recordações de infância”
Uma notícia relativamente recente fez-me, curiosamente, recuar no tempo até à minha adolescência.
Como muitas outras crianças, também eu tinha o sonho de um dia vir a ter uma bicicleta, ou seja, o meu primeiro veiculo que me faria percorrermaiores distâncias e mais depressa do que aquilo que as minhas pernaspermitiam.
Essa dia acabou por chegar e tive a sorte de os meus paisme oferecerem uma bicicleta nunca antes vista. Uma chopper arrasadora. Para mim era, indiscutivelmente, a mais linda do mundo.
Convencendo, desta feita a minha avó, para me comprar um acessório de extrema importância, equipei-a com um velocímetro que me permitiria assim controlar a velocidade máxima e atribuir-lhe ainda um visual mais hi-tech (isto há mais de trinta anos, refira-se...).
Nessa altura, todos os anos passava a totalidade dos meses de Agostode férias com os meus pais, na localidade da Fuzeta, no Algarve. Era apartir dessa "base" que fazia as minhas viagens aventura até Olhão e,por vezes, até mesmo a Faro.
Eram bastantes quilómetros e fazia, quase sempre, um calor insuportável.
O estímulo, no entanto, era forte. Além do prazer de "conduzir", em Olhãohavia um quiosque que expunha uma revista alemã em que na capa se viam mulheres com uma parte do corpo particularmente volumosa, coisa que, descobri, me agradava bastante.
Nessas tais viagens aventura constatava que, a "fundo", conseguia atingir os 40km/n, na minha "bicla”. Quando tinha de parar para "arrefecer o motor", ficava a contemplar os outros condutores mais rápidos do que eu. Os que mais invejava eram os motociclistas, maioritariamente alemães, vestidos com impressionantes fatos de cabedal preto, que passavam nas suas motos, carregadas com malas e sacos de depósito que lhes conferiam um ar ainda mais impressionante.
Encostado na berma da estrada, ia alimentando os meus sonhos e pensava com toda a convicção: um dia vou ter uma moto destas e também vou andar depressa, sem esforço e em grande estilo.
Passaram uns bons anos por mim, tirei a carta e consegui comprar a minha primeira moto. Uns anos mais tarde consegui finalmente comprar.,. a tal moto!
Voltando â adolescência, e à berma da estrada no Algarve, o que nessaaltura nunca me passou pala cabeça, foi que anos mais tarde a velocidade da minha pesada bicicleta de 20kg, movida pela minha fraca figura, pudesse ser mais rápida que o permitido pelo Código da Estrada. Muito menos imaginei que um dia teria a tal moto e que nalguns lugares teria de andar mais devagar com ela do que, quando era criança, na minha, petos vistos, "super" bicicleta.
Nota: toda esta história saltou do baú das minhas recordações quando tive conhecimento da proposta de reduzir a velocidade dentro daslocalidades para 30km/h.
A minha opinião sobre o assunto? Contarei no próximo capitulo...
Nessa altura, todos os anos passava a totalidade dos meses de Agostode férias com os meus pais, na localidade da Fuzeta, no Algarve. Era apartir dessa "base" que fazia as minhas viagens aventura até Olhão e,por vezes, até mesmo a Faro.
Eram bastantes quilómetros e fazia, quase sempre, um calor insuportável.
O estímulo, no entanto, era forte. Além do prazer de "conduzir", em Olhãohavia um quiosque que expunha uma revista alemã em que na capa se viam mulheres com uma parte do corpo particularmente volumosa, coisa que, descobri, me agradava bastante.
Nessas tais viagens aventura constatava que, a "fundo", conseguia atingir os 40km/n, na minha "bicla”. Quando tinha de parar para "arrefecer o motor", ficava a contemplar os outros condutores mais rápidos do que eu. Os que mais invejava eram os motociclistas, maioritariamente alemães, vestidos com impressionantes fatos de cabedal preto, que passavam nas suas motos, carregadas com malas e sacos de depósito que lhes conferiam um ar ainda mais impressionante.
Encostado na berma da estrada, ia alimentando os meus sonhos e pensava com toda a convicção: um dia vou ter uma moto destas e também vou andar depressa, sem esforço e em grande estilo.
Passaram uns bons anos por mim, tirei a carta e consegui comprar a minha primeira moto. Uns anos mais tarde consegui finalmente comprar.,. a tal moto!
Voltando â adolescência, e à berma da estrada no Algarve, o que nessaaltura nunca me passou pala cabeça, foi que anos mais tarde a velocidade da minha pesada bicicleta de 20kg, movida pela minha fraca figura, pudesse ser mais rápida que o permitido pelo Código da Estrada. Muito menos imaginei que um dia teria a tal moto e que nalguns lugares teria de andar mais devagar com ela do que, quando era criança, na minha, petos vistos, "super" bicicleta.
Nota: toda esta história saltou do baú das minhas recordações quando tive conhecimento da proposta de reduzir a velocidade dentro daslocalidades para 30km/h.
A minha opinião sobre o assunto? Contarei no próximo capitulo...
(Paulo Santos - Director MOTO REPORT)
Nenhum comentário:
Postar um comentário