BE propõe aumento intercalar salários e pensões, Governo recusa.
O Bloco de Esquerda (BE) desafiou hoje o Governo a um aumento intercalar de salários e pensões caso a inflação ultrapasse as previsões, mas o Governo rejeitou de imediato pelo risco de «espiral inflacionista».
O desafio foi feito pelo líder parlamentar do BE, Luís Fazenda, na abertura da interpelação, na Assembleia da República, sobre política de rendimentos e preços e agravamento das desigualdades, com a presença do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.
Fazenda repetiu a frase, logo na intervenção inicial: «Senhor primeiro-ministro e senhor ministro das Finanças, estão disponíveis para uma correcção intercalar de salários e pensões se, a meio do ano, se comprovar o desvio inflacionário?».
A resposta veio nem cinco minutos depois, com uma frase na página sete do discurso de Teixeira dos Santos.
«Permitam-me que alerte para os perigos de práticas de indexação generalizada dos salários à inflação que, ao induzir efeitos de segunda ordem, provocaria uma espiral inflacionista penalizadora da generalidade dos portugueses», afirmou o ministro.
Aceitar a sugestão do Bloco, afirmou, seria seguir uma «política irresponsável».
Para Luís Fazenda, as desigualdades em Portugal aumentaram desde o ano em que o PS está no Governo, 2005, dando como exemplo o facto de os rendimentos da maioria da população estagnarem e «a reduzida classe empresarial» ver os seus rendimentos crescer e crescer muito.
«De acordo com a consultora Mercer, em média, os gestores nacionais recebem 32 vezes mais do que os empregados das suas empresas», exemplificou o líder parlamentar bloquista.
O primeiro-ministro, José Sócrates, como é hábito, assistiu à abertura do debate e saiu logo a seguir, sem falar aos jornalistas.
NOTA: “Aceitar a sugestão do Bloco", afirmou Teixeira dos Santos, "seria seguir uma política irresponsável”.
Muita boa! E o (des)Governo que temos não o é??... pior do que isso - INCONSCIENTE!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário