segunda-feira, 7 de abril de 2008

Paris: protestos apagam chama olímpica!


Protestos em Paris apagam chama olímpica

A tocha olímpica foi apagada pelas autoridades francesas em Paris face ao aumento dos protestos contra a China e a sua ocupação do Tibete.

O archote apagado foi depois colocado num autocarro. O incidente acontece um dia depois de manifestantes anti-China terem protestado em Londres contra a opressão China sobre o Tibete.

Centenas de polícias franceses estão de serviço para proteger a tocha olímpica, símbolo máximo dos Jogos Olímpicos a realizar em Beijing, na China. A tocha iria percorer 28Km num percurso pela cidade de Paris, sempre protegida por um forte dispositivo policial.

A estação de televisão norte-americana CNN avança que alguns manifestantes se lançaram em direcção à tocha - um deles com um extintor - no sentido de a apagar. Foram rapidamente detidos pela polícia francesa.

Depois de sair da Torre Eiffel, a chama olímpica iria passar por outras zonas emblemáticas da cidade, como o Arco do Triunfo, o Museu do Louvre e a catedral de Notre Dame.

O futebolista português Pauleta era um dos atletas que iria levar a tocha olímpica durante alguns quilómetros nesta passagem por Paris.

Sarkozy vai boicotar aos Jogos Olímpicos?

Todas as possibilidades de um eventual boicote do Presidente francês Nicolas Sarkozy à cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos estão em aberto, afirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Bernard Kouchner.

O ministro falava na altura em que a chama Olímpica chegou a Paris. "O Presidente (Nicolas) Sarkozy afirmou que está a manter em aberto todas as opções e que todos os caminhos devem ser perseguidos, de acordo com o desenvolvimento da situação", no Tibete, disse Kouchner à televisão LCI.

Tanto Sarkozy como Kouchner têm afirmado que a França admite diferentes cenários, no que diz respeito à cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos. O presidente do Comité Olímpico Internacional, Jacques Rogge, apelou hoje a uma resolução pacífica para a crise no Tibete, num momento em que a tocha olímpica é alvo de protestos pelos locais onde passa.

O responsável olímpico, que se manifestou "muito preocupado" com os distúrbios no Tibete, condenou o uso de violência, incompatível, segundo disse, com os valores dos Jogos. "Apelamos a uma resolução rápida e pacífica da crise no Tibete, que despoletou uma vaga de protestos no mundo", declarou Jacques Rogge, segundo o qual "qualquer que seja a razão, a violência não é compatível com os valores da chama olímpica ou dos jogos olímpicos".

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