AR: Mais de 11 mil assinaturas para pôr Parlamento a condenar violência no Tibete
O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, recebeu hoje uma petição assinada por cerca de 11 mil pessoas em que se pede a condenação, pelo Parlamento, da violência no Tibete pela China.
O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, recebeu hoje uma petição assinada por cerca de 11 mil pessoas em que se pede a condenação, pelo Parlamento, da violência no Tibete pela China.
No final de uma audiência de cerca de 45 minutos, José Cardal, da Casa da Cultura do Tibete, afirmou que Jaime Gama deu "bom acolhimento" à petição organizada nas últimas três semanas, desde que surgiram as notícias sobre a violência das autoridades chineses sobre monges tibetanos.
"O principal objectivo é no sentido de a Assembleia condenar fortemente a falta de liberdade religiosa e de direitos humanos no Tibete", explicou.
José Cardal considerou que ter sido possível recolher cerca de 11 mil assinaturas em pouco mais de duas semanas "representa uma grande empatia" da parte dos portugueses nesta questão.
Segundo a lei, uma petição com mais de 4.000 assinaturas é obrigatoriamente discutida em plenário da Assembleia da República.
A 26 de Março, o Parlamento discutiu a situação no Tibete, pouco dias depois das notícias sobre a violência das autoridades chineses contra monges tibetanos, e aprovou um voto de condenação, em que o PCP votou contra.
O voto manifestava "a preocupação da Assembleia da República com a escalada de violência no Tibete e apela ao respeito, em todas as circunstâncias, pelos Direitos Humanos e liberdades civis".
O líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, justificou que não está em causa lamentar as vítimas dos confrontos mas sim a "deturpação sistemática" da situação no Tibete, e criticou os que "põem em causa a integridade territorial da China", frisando que "continua a falar-se do Tibete como território ocupado pela China".
O governo tibetano no exílio, com sede na cidade indiana de Dharamsala, acusa a China de ter morto pelo menos 150 pessoas para esmagar as manifestações de Março contra a presença chinesa no Tibete, as maiores desde 1989.
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