quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Obama teve a agenda cheia no seu primeiro dia de trabalho


Obama teve a agenda cheia no seu primeiro dia de trabalho

Depois das comemorações relacionadas à posse, o presidente americano Barack Obama encontrou-se, na manhã de hoje, na Sala Oval a tentar conter a crise económica e a iniciar esforços para acabar com duas guerras. As suas primeiras ligações como chefe de Estado foram para o Médio Oriente.

Logo no início do seu primeiro dia de trabalho, Obama ligou para os dirigentes de Israel, Egito e Jordânia, assim como para o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, informou a Casa Branca.

Obama deixou a Casa Branca cerca de duas horas, durante a manhã, para cumprir uma antiga tradição: um ofício religioso na majestosa catedral de Washington.

Um dia depois de apelar os seus compatriotas a "levantar a cabeça e começar a refazer a América", Obama deve convocar ainda esta quarta-feira os seus conselheiros económicos e logo em seguida os seus principais dirigentes militares.

Obama nem esperou o seu primeiro dia de trabalho para anunciar uma primeira decisão de interesse internacional: na terça-feira havia pedido a suspensão por 120 dias dos processos nos tribunais de excepção de Guantanamo para dar à sua administração o tempo de voltar a examinar todos estes casos, aprovados por seu predecessor George W. Bush e muito criticados em todo o mundo.

Hoje, Obama chegou ao Sala Oval às 08H35 (horas locais), segundo o seu porta-voz, Robert Gibbs. Passou dez minutos sozinho no recinto e leu a carta deixada por Bush na gaveta de cima da secretária. Gibbs não revelou o conteúdo da mensagem.

Às 15H15 (horas locais), Obama reúne a equipa económica para fazer o balanço dos progressos dos planos de recuperação económica e criar três ou quatro milhões de empregos, num momento em que os americanos ouvem falar todos os dias de falência de empresas e demissões em massa.

O plano de recuperação, avaliado em 825 bilhões de dólares, será o tema principal da discussão, segundo colaboradores de Obama.

Às 16H15 (horas locais), Obama tem reunião marcada com o secretário da Defesa, Robert Gates, o chefe de Estado-Maior, Mike Mullen, os generais David Petraeus, comandante para o Médio Oriente e a Ásia Central, e Raymond Odierno, comandante das tropas no Iraque, e conselheiros para a segurança nacional.

Durante esta reunião, o homem que é agora o presidente dos Estados Unidos começará provavelmente a trabalhar sobre uma das suas principais promessas de campanha: acabar com a guerra no Iraque.

Obama "pedirá um cronograma para o reposicionamento das tropas de combate nos próximos 16 meses", destacou Gibbs.

"Vamos ter muito trabalho", avisou Obama na noite de terça-feira em declarações à rede ABC, prometendo para esta quarta-feira "uma série de anúncios, tanto sobre a política interna como sobre a política externa, que terão de ser seguidos rapidamente por actos".


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